quinta-feira, 19 de junho de 2008
Como um Pássaro
Pela vida vou,
Como um pássaro!
Vôo, na verdade,
Como um pássaro.
Naturalmente !
Sentindo a brisa,
quando há brisa,
o calor do sol,
quando há sol,
os pingos da chuva,
quando há!
Conformo-me neste caminhar
certo de que os percalços e
atalhos do caminho
foram traçados!
Embora, creia, também,
que é possível escolher
meu caminhar!
Como um pássaro,
posso escolher pra onde voar,
posso escolher onde erigir meu ninho,
e decidir em qual galho pousar!!
Sinto assim a vida!
Como uma dádiva!
O que me basta é saber:
que há o céu para voar e
o poente ou o nascente
para me orientar.
Que existem infinitos lugares onde pousar ou ficar.
Que há a possibilidade, mesmo que resignada,
Entre voar, pousar e ficar.
Desde que saiba que, não sendo pedra,
Um dia hei de partir, para nenhum lugar.
Rio década de 90 (?).
Pela vida vou,
Como um pássaro!
Vôo, na verdade,
Como um pássaro.
Naturalmente !
Sentindo a brisa,
quando há brisa,
o calor do sol,
quando há sol,
os pingos da chuva,
quando há!
Conformo-me neste caminhar
certo de que os percalços e
atalhos do caminho
foram traçados!
Embora, creia, também,
que é possível escolher
meu caminhar!
Como um pássaro,
posso escolher pra onde voar,
posso escolher onde erigir meu ninho,
e decidir em qual galho pousar!!
Sinto assim a vida!
Como uma dádiva!
O que me basta é saber:
que há o céu para voar e
o poente ou o nascente
para me orientar.
Que existem infinitos lugares onde pousar ou ficar.
Que há a possibilidade, mesmo que resignada,
Entre voar, pousar e ficar.
Desde que saiba que, não sendo pedra,
Um dia hei de partir, para nenhum lugar.
Rio década de 90 (?).
Breve passeio nos cinqüenta
Rio de Janeiro, década de 90
Não sei por que?
Deve ter sido o Mauro Rasi
e suas tias que me fizeram passear pelos anos
cinqüenta de minha infância.
O Cadilac rabo de peixe,
na São Paulo, parindo o ABC,
em plenos anos JK!!
Os sobrados no Brooklin Novo,
de ruas de saibro, ainda. O rebanho no pasto,
às margens do Pinheiros, já morrendo...
As saias de bolas, cabelos pintados, unhas longas,
lenços na cabeça e óculos, à la Sofia Loren,
de minha mãe e suas contemporâneas...
A balsa do Guarujá. Meu tampão no olho,
milagre oftálmico do momento,
para não tatear no futuro...
Imagens dispersas, difusas!!! Lembro-me...
A Copa do Mundo de 58, ouvida pelo rádio.
A feitura de Brasília no planalto central,
A fábrica de automóveis Wolksvagen. Um assombro!...
Lembro-me, sem nada perceber então,
que ali reinava um ar de prosperidade,
de crença no futuro. “Brasil!! País do futuro”
Marta Rocha, Pelé, Bossa Nova,
João Gilberto e Astrude no Carning Hall!
Um sucesso. Um assombro...
A morte de meu pai, de revolução industrial.
Infarto fulminante, nem o Prontocor,
novidade moderna, foi capaz de salvar...
A usina de Furnas sendo construída.
Tio Mano e sua prole, lá, nos sertões das Gerais,
ajudando a construir...
O rádio spika,
maravilha soviética como a cadela Laika,
transmitindo os concursos de Miss!!
A Tv preto e branco. Preto no Branco.
A Hebe, ainda!! O Chico Anísio Show, ainda!
O Alô Doçura! O pica-pau! O teatrinho Trol...
A propaganda dos cobertores Parayba,
também nela, todas as noites as nove,
regulando o comportamento dos infantes:
“ Já é hora de dormir,
não espere a mamãe mandar,
um bom sono pra você e
um alegre despertar”
O Ice Cream, o Sunday, delicias da Kibon,
sabores da modernidade,
O Externato Pequenópolis, de Dona Aurélia.
A hípica e seus puros-sangues.
O carrinho de rolimã. A bicicleta.
O ônibus Cidade Monções...
Lembranças difusas da velha São Paulo, se construindo.
Da cabeça, que contem, já velha, estas imagens
dispersas, se (re)construindo.... sempre!
Rio de Janeiro, década de 90
Não sei por que?
Deve ter sido o Mauro Rasi
e suas tias que me fizeram passear pelos anos
cinqüenta de minha infância.
O Cadilac rabo de peixe,
na São Paulo, parindo o ABC,
em plenos anos JK!!
Os sobrados no Brooklin Novo,
de ruas de saibro, ainda. O rebanho no pasto,
às margens do Pinheiros, já morrendo...
As saias de bolas, cabelos pintados, unhas longas,
lenços na cabeça e óculos, à la Sofia Loren,
de minha mãe e suas contemporâneas...
A balsa do Guarujá. Meu tampão no olho,
milagre oftálmico do momento,
para não tatear no futuro...
Imagens dispersas, difusas!!! Lembro-me...
A Copa do Mundo de 58, ouvida pelo rádio.
A feitura de Brasília no planalto central,
A fábrica de automóveis Wolksvagen. Um assombro!...
Lembro-me, sem nada perceber então,
que ali reinava um ar de prosperidade,
de crença no futuro. “Brasil!! País do futuro”
Marta Rocha, Pelé, Bossa Nova,
João Gilberto e Astrude no Carning Hall!
Um sucesso. Um assombro...
A morte de meu pai, de revolução industrial.
Infarto fulminante, nem o Prontocor,
novidade moderna, foi capaz de salvar...
A usina de Furnas sendo construída.
Tio Mano e sua prole, lá, nos sertões das Gerais,
ajudando a construir...
O rádio spika,
maravilha soviética como a cadela Laika,
transmitindo os concursos de Miss!!
A Tv preto e branco. Preto no Branco.
A Hebe, ainda!! O Chico Anísio Show, ainda!
O Alô Doçura! O pica-pau! O teatrinho Trol...
A propaganda dos cobertores Parayba,
também nela, todas as noites as nove,
regulando o comportamento dos infantes:
“ Já é hora de dormir,
não espere a mamãe mandar,
um bom sono pra você e
um alegre despertar”
O Ice Cream, o Sunday, delicias da Kibon,
sabores da modernidade,
O Externato Pequenópolis, de Dona Aurélia.
A hípica e seus puros-sangues.
O carrinho de rolimã. A bicicleta.
O ônibus Cidade Monções...
Lembranças difusas da velha São Paulo, se construindo.
Da cabeça, que contem, já velha, estas imagens
dispersas, se (re)construindo.... sempre!